segunda-feira, julho 16, 2007

A FAMÍLIA! (capitulo X)

Seriam então os elementos mais novos da Família a controlar o colégio Le Ramalhone, e porque não dizer todas as professoras e alunas daquele estabelecimento de ensino, mas, como poderiam as duas jovens fazê-lo? Teriam a ajuda de elementos mais velhos?

Nuno “il pintarolli rossi” era frequentemente chamado ao colégio onde sua prima e sua irmã eram alunas (quer dizer... alunas pode não ser a palavra mais correcta... ) e usava o seu charme natural (ou não corresse nas veias do jovem siciliano sangue Parrachiano) para conquistar as jovens estudantes, cujas famílias se encontravam subjugadas à vontade d’A Familia sem o saberem, pois os métodos de persuasão Parrachianos eram-lhes imperceptíveis se bem que por vezes isso não bastava, por isso para os casos agudos a chantagem pura e crua bastava! Afinal de contas as famílias dessas meninas mais teimosas não se podiam dar ao luxo de ficar sem o manancial de informação diária fornecida pela Família através da pequena papelaria sintrense. E desta forma todas as pessoas tratavam as duas primas com o respeito que mereciam. Até que, um belo dia, Nuno “il pintarolli rossi” foi destacado para o Colégio Don Afonsini V! Corriam rumores nessa época que o colégio servia de fachada para elementos Cascanianos entrarem na zona controlada pela Família e dessa forma tentarem vender jornais à sucapa (os pulhas pensavam mesmo conseguir usurpar o império da informação do conselho de Sintra À Família... palermas!) Foi com espanto que todos os elementos ouviram as palavras de Emilia “la testa” que como sempre mantinha a sua rede de espionagem bem organizada, e não havia feirante ou vendedor da praça que não lhe facultasse informação preciosa sem sequer cobrar o preço ao nível que a inflação exigia, o respeito a isso obrigava e por essa razão Emilia era vista pela Família como uma caixa de surpresas... Era informação ultra secreta, mas como poderia a Família ter a certeza disso a ponto de deslocar “il pintarolli rossi”? Havia uma razão óbvia! Era certo que os informadores nunca haviam falhado, mas esta notícia era de uma prepotência atroz! Quem se julgavam estes Cascanianos para invadir o território e ainda para mais tentar usurpar o negócio?! A razão óbvia de que falamos é o aspecto dos Betos de Cascais! Estava a evoluir e se os Ericeirenses continuavam (e continuam!) a usar as suas camisas de flanela aos quadrados meio rotas, as calças sujas a cheirar a peixe e sem nada nos pés, os Cascanianos estavam a mudar, os cabelos a tapar as orelhas e as franjas enormes estavam a crescer e ninguém ao certo percebia o porquê! Os sapatinhos de vela sem meias, as calças chino no tornozelo, a camisola pelas costas com as mangas a fazer um nó como que a tapar o pescoço onde caía um fio de prata com uma cruz do tamanho do Cristo Rei também faziam parte da indumentária desses pulhas que estavam a fugir á chamada moda Parrachiana, o que, aumentou ainda mais o sentimento de repulsa que a população Sintrense e arredores sentia pelos Cascanianos (muito por culpa também da propaganda levada a cabo pela pequena papelaria da Família, que embora a fachada fosse de um negócio respeitável, era na verdade a sede da comunicação da resistência ao movimento cultural Cascaniano, vulgo RMCC)...
Foi então que Nuno “il pintarolli rossi” Parracho começou a dissecar tudo e todos para obter informações que valessem realmente alguma coisa... Claro que começaram a aparecer muitos cabelos, camisolas e fios de prata com cruzes a fazer lembrar o Cristo Rei pelos cantos daquela instituição, mas, como bons directores que eram, os responsáveis pelo colégio limitavam-se a limpá-los com bastante afinco. Não demorou muito tempo até os elementos Cascanianos infiltrados no Colégio Don Afonsini V começassem a abandonar a instituição. Provava-se mais uma vez que a Família era soberana nesta zona do globo, e que os jovens elementos estavam à altura dos acontecimentos!
Entretanto, as nossas meninas estavam a crescer, assim como as dificuldades em manter o submundo do Colégio le Ramalhone em pleno funcionamento. Com “il pintarolli rossi” ocupado a retalhar jovens Cascanianos, tornava-se mais difícil para Filipa “la piccola trituratore” e Patrícia "la piccoli testa" controlar as colegas, os pais das colegas, as professoras e as Freiras (entre elas a irrequieta Madre Superiora). Foi então que José Manuel Parracho “il bambino piu bello” e Fernanda Carapeto “la primadonna” decidiram dar mais um neto a Don Justino “la vechia volpe” e a Emilia “la testa”, nasceu João “il piccolo divertente” Parracho.

Qual seria a missão deste novo elemento da Família? Estaria João “il piccolo divertente” Parracho à altura dos seus primos e irmãos? Para o saberem, NÃO PERCAM O PRÓXIMO EPISÓDIO, PORQUE NÓS TAMBÉM NÃO!!

Beijos e Abraços (já começo a achar que estes beijos e abraços são um bocadinho abichanados!!)