segunda-feira, fevereiro 26, 2007

A FAMÍLIA! (capitulo VII)

Com o os anos a passar e o império em franca expansão, os netos de Don Justino “la vechia volpe” e Emilia “la testa” foram crescendo... Seriam estes dignos sucessores? Teriam os filhos de José, Maria Clara, António e Teresa estaleca suficiente para carregar nas suas costas (metaforicamente falando claro!) o peso do império Parrachiano??

O casal José Manuel “il bambino piu bello” e Fernanda Carapeto “la primadonna” foi o primeiro a ter filhos... o neto mais velho da Família. Nuno “il pintarolli rossi” Parracho, como ficou conhecido devido aos seus longos cabelos Ruivos (que vêm do lado da mãe) e também por ser, desde cedo, uma criança com um feitio bastante “dado” ao sexo feminino, se é que me faço entender! o que lhe permitiu, ter várias namoradas enquanto jovem (este seu traço de personalidade, pois... é o que estão a pensar! vem da parte de seu pai!). Essa sua característica nunca preocupou a Família, afinal de contas os objectivos da Família eram a expansão, e José tinha sido “destacado” para a margem sul para assim controlar todas as ameaças do império que se deslocavam de Setúbal, utilizando claro, o charme Parrachiano que tão bons resultados sempre deu, e que o seu primogénito começou a utilizar de maneira muito eficaz! Naquela escola primária as miúdas já andavam loucas! E era bonito de ver o pequeno “il pintarolli rossi” a imitar seu pai...
- Olá Nuno, és tão giro, queres namorar comigo?
- Ó bébé, podes ser uma das minhas garinas! (palavra bastante utilizada nos anos 80 pelos chamados engatatões!) mas tens de saber uma coisa, não dou exclusividade!
- Ai que bom... vou contar ás minhas amigas!
- Hei, miúda, espalha a parte que não dou exclusividade ok? Já agora, és de onde? Não és da Ericeira nem de Cascais pois não? (sempre desconfiado este jovem!)
- Não não, sou aqui de Sintra...
- Ok, mas fica a saber que por seres uma das minhas garinas não penses que a tua família fica isenta... (a Família e os negócios da mesma acima de tudo!)
E era ver José Manuel “il bambino piu bello” num canto do recreio com a lágrima no canto do olho, era bonito sim senhor!
Alguns anos mais tarde Fernanda Carapeto “la primadonna” deu a Nuno “il pintarolli rossi” uma irmã... Filipa “la piccola trituratore” Parracho. Assim ficou conhecida já nos tempos do colégio Le Ramalhone! Era um colégio só para mulheres situado na pequena vila Siciliana, onde, sendo das alunas mais pequenas e robustas, já mostrava o que valia na cantina e não só... E qual a razão para colocarem a pequena “piccola trituratore” num colégio de mulheres? Vendo o exemplo que tinham em casa, don Justino “la vechia volpe” e Emilia “la testa” não quiseram arriscar! Tinham um filho que gostava já desde pequeno, explorar as suas colegas de berçário, tinham um neto que tinha gostos semelhantes, e se a sua única neta (até essa altura) tivesse gostos parecidos? Além disso, nos seus planos de futuro tinha de existir uma mulher sensível, um pouco afastada do mundo violento a que estavam habituados... teriam para ela uma missão especial!
António Parracho “taglio profondo” e Lídia Dias “la controllati” foram os seguintes a dar o passo para a continuidade da Família, até porque os bárbaros a Norte de Sintra eram cada vez mais uma ameaça...

Seriam estes casais suficientemente competentes para passarem aos seus filhos todos os valores pelos quais a Família se regia? Fiquem para ver, por isso, NÃO PERCAM O PRÓXIMO EPISÓDIO, PORQUE NÓS TAMBÉM NÃO!!

Beijos e Abraços