terça-feira, março 06, 2007

A FAMÍLIA! (capitulo IX)

José via-se então numa situação em que poucos desejavam estar... Seria ele capaz de se safar desta? Rodeado de corpos malcheirosos com camisas de flanela, ainda por cima com quadrados? Calças de material grosseiro? Era difícil para um jovem fashion e bonito...

Naquela rua pequena e sombria, foi quando se viu rodeado que “piu bello” pediu 5 segundos... calmamente começou a tirar a sua camisa roxa que tinha custado alguns milhares de Reis a seus pais, afinal de contas era de seda, bem apertada e não queria estragá-la. O seu peito bem peludinho, e sua barriguita (á qual chamava o caule sexual) sobressaiam, o que fez com que alguns dos seus adversários desmaiassem com tal perfeição, afinal de contas já nessa altura começavam a aparecer os primeiros homossexuais na zona! Esse acontecimento fez com que a confiança generalizada ficasse bastante abalada entre os agressores e foi esse o momento que José aproveitou... Passados alguns segundos, os jovens Ericeirenses que ficaram para lutar, estavam no chão moribundos (Não nos é permitido relatar o acontecimento, fomos “aconselhados” por alguns membros da Família a não o fazer!). A técnica utilizada por “piu bello” era majestosa, felina, já vinha dos antepassados da Família, e ainda estava a ser aperfeiçoada pelos filhos de Don Justino e Emilia. O que fez de seguida foi pedir a sua camisa a uma bela jovem que se encontrava numa das janelas, camisa essa que lhe tinha sido atirada, qual stripper profissional, segundos antes por José! Escusado será dizer que os intentos de José foram plenamente conseguidos, Albertina ao ver José “arrumar” algumas dezenas de adversários em poucos segundos, ficou completamente apaixonada, era mais uma conquista de José Manuel “il bambino piu bello” da Família Parracho e do charme Parrachiano!A dúvida permaneceu, mas a possibilidade de Albertina estar ainda apaixonada por José era bem real, só assim se explicaria o facto de sua mãe não abdicar do trabalho na padaria, deixando assim, sua filha livre da Família Siciliana, a mais temida de sempre! A verdade é que Albertina continuava a manipular seu esposo, o líder Ericeirense ajudando assim os nossos queridos protagonistas. De qualquer forma, a Família decidiu assegurar um meio mais fiável para proteger a vila dos habitantes mais a norte, foi assim que António Parracho “taglio profondo” e Lídia Dias “la controllati” decidiram aumentar o seu agregado familiar e dar um primo, neste caso uma prima, a Nuno “il pintarolli rossi” e Filipa “la piccola trituratore”. Nasceu Patrícia "la piccoli testa". Ficou assim conhecida por, desde bastante nova, mostrar ser muito inteligente, obstinada e séria, traços de personalidade que lembravam sua avó com a mesma idade... Poderíamos estar perante a futura matriarca de 3ª geração? (Sim, porque a sucessora natural de Emilia era, desde cedo todos sabiam, Maria Clara “la rottura di osso” Parracho!) Só o tempo o viria a dizer... Patrícia nasceu logo a seguir a Filipa, e foi colocada igualmente no colégio Le Ramalhone e pelas mesmas razões que sua prima. Poderiam assim crescer juntas e fortalecer os laços familiares, sem nunca se desviarem do seu caminho, o seu objectivo de vida, a expansão, tendo também uma educação católica bastante apreciada por Don Justino.Aliás, as duas primas começaram logo a mostrar atributos, de acordo com o sangue que lhes corria nas veias! Ainda na pré primária começaram a gerir o submundo do colégio que frequentavam. Mesmo sendo vigiadas de muito perto pela Madre Superiora, a verdade é que esta nunca teria mãos a medir para suster as duas jovens de iniciarem um autêntico submundo de apostas e de jogo clandestino. Quando Madre Superiora tentou expulsar as duas jovens ao alegar que as mesmas haviam tornado as restantes alunas em viciadas no jogo, as duas primas, Filipa e Patrícia Parracho, iniciaram uma revolução contra a Madre. Fica assim bem claro que foi a Família a responsável por todas as horas e horas que todos os universitários passam, em todas a faculdades, a jogar! Foi do colégio Le Ramalhone que saíram as primeiras estudantes jogadoras... Mais uma vitória para esta grande Família! A revolução iniciada pelas nossas jovens culminaria com um pacto de paz, sendo os termos acordados de que a Madre manter-se-ia apenas como fachada de uma escola respeitável enquanto Filipa e Patrícia geriam tudo nos bastidores. Desta forma era ainda possível à família Parracho controlar as filhas das muitas famílias Sintrenses e não só... E perguntam vocês – Como é que duas jovens miúdas acabadas de entrar para a pré primária conseguiram elaborar tal revolução?!

Para o saberem, não percam o próximo episódio NÃO PERCAM O PRÓXIMO EPISÓDIO, PORQUE NÓS TAMBÉM NÃO!! (é já a seguir a um breve intervalo para compromissos publicitários)

Beijos e Abraços

sexta-feira, março 02, 2007

A FAMÍLIA! (capitulo VIII)

Com os inimigos da Família a crescer a olhos vistos, tais como os bárbaros da Ericeira, os pulhas de Cascais e Setúbal, a Família tinha de tomar medidas. Estava na altura de continuar com o plano maléfico de Don Justino “la vechia volpe” e Emilia “la testa”.

Os Ericeirenses estavam a conseguir organizar-se, tinham um líder jovem com a mania que era esperto, mas na realidade, estava constantemente a ser manipulado pela sua própria esposa Albertina (faz-vos lembrar alguém?... hummm talvez não!), e, Albertina estava a ser manipulada pela Família! A sogra do líder Ericeirense trabalhava na padaria da vila Siciliana onde Emilia “la testa” se deslocava diariamente com seus seguranças para comprar o pão, e escusado será dizer que lhe bastava proferir a palavra “Adeus” para esta pobre mulher pagar pelos erros de seu genro! (quem não perceber esta afirmação que vá ler o capítulo IV! Calões!!) A primadona da Ericeira sabia disso e era então manipulada pela matriarca da nossa Família! Mas seria essa a razão verdadeira? Há quem diga que não, mas sim pela tremenda paixão que ainda na altura sentia por um dos “playboys” da Família, José Manuel “il bambino piu bello”. Reza a história que, numa das viagens que Don Justino fazia com seus filhos á Ericeira, em modo de provocação e ao mesmo tempo para dar a conhecer a seus filhos a vila piscatória onde se encontravam alguns dos seus inimigos, José viu a bela Albertina (concerteza não sabia que ela assim se chamava!) numa das praias, e, claro, não resistiu à ideia de seduzir esta mulher, quer pelos seus encantos físicos, quer pelo perigo que representava essa conquista. Assim sendo, voltou à Ericeira uns dias mais tarde com uma clara ideia em mente, deixar Albertina completamente arrebatada pelo seu charme, de tal forma, que bastava ouvir a sua voz para a deixar inconscientemente louca de desejo em sentir as suas mãos passarem-lhe... pelas partes carnudas e macias onde se penduram os brincos nas orelhas (é verdade, cada um tem a sua tara. Podia ser pior!)
- Olá Albert... Alber... Al... (não, José não era gago, o nome é que era quase impronúnciável para um Parrachiano “puro sangue”)
Por fim José simulou um ataque de tosse e lá pronunciou o nome de Albertina, a muito custo. Albertina, deslumbrada por tamanha beleza diante dela e ainda por cima dirigindo-lhe a palavra, sentia-se trémula e com as orelhas a ferver, mas mesmo assim conseguiu balbuciar uma resposta.
- Olá José, adoro essa camisa roxa e justinha...
José, demonstrando ter feito bem o seu trabalho de casa (ou TPC para aqueles mais saudosistas), não perdeu tempo e atirou logo o primeiro bitaite à matador.
- Essas orelhas vermelho incandescente são como o reflexo do sangue que pulsa vigorosamente no meu corpo sentindo o desejo que nutro em acariciá-las...
Ainda José só tinha pronunciado “Essas orelhas” e já Albertina havia desfalecido a seus pés de contentamento. Pelo menos era isso que pensava José, até que vislumbrou um pequeno dardo no pescoço dela.
Olhando para todas as direcções, José conseguiu ver um vulto a escapulir-se de forma apressada e algo atabalhoada. Era óbvio que alguém estava a querer arruinar os seus planos. Ao encetar uma perseguição ao estilo hollywoodesca José deparou-se em território inimigo e perfeitamente desconhecido. Dezenas de rostos maltratados pelo Sol e pela maresia cercavam-no, como se isso não bastasse, as suas roupas eram sobretudo camisas de flanela aos quadrados meio rotas, as calças sujas e de material grosseiro, os seus pés descalços e com unhas por cortar... e ainda o terrível cheiro a peixe.

Seria José capaz de se desembaraçar sozinho duma situação tão aterradora?! Fiquem para ver, por isso, NÃO PERCAM O PRÓXIMO EPISÓDIO, PORQUE NÓS TAMBÉM NÃO!!

Beijos e Abraços